Verão com desporto para todos os gostos

Este verão vai ser recheado de bons momentos para os grandes apreciadores de desporto.

São vários os eventos que vão acontecer ao longo do verão que prometem deixar os espetadores colados à televisão. Quem tiver mais ousadia, pode arriscar e ir assistir a qualquer um desses eventos ao vivo, vivendo uma experiência que será certamente única.

O primeiro a começar é a Copa América centenário. Este ano é uma edição especial que tem início a 3 de junho e acaba a 26 desse mesmo mês. Esta Copa América será a primeira vez que decorre fora da América do sul, realizando-se nos Estados Unidos da América. Esta edição comemora os 100 anos da CONMBEBOL  e do torneio.

Os grandes favoritos à vitória deste torneio são o Brasil, a Argentina, o Uruguai e o México.

O evento que se inicia de seguida é o Campeonato Europeu de Futebol. Este ano realiza-se em França e tem início a 10 de junho e termina a 10 de julho.

São 24 as seleções que vão disputar um dos mais importantes títulos a nível de seleções, com a Alemanha, a Espanha, a organizadora França, Portugal a serem considerados potenciais vencedores.

O último dos grandes eventos são os jogos olímpicos que este ano se realizam no Brasil e se iniciam a 5 de agosto e terminam a 21 de agosto.

Ao longo de 17 dias, mais de 10.500 atletas de 42 modalidades olímpicas vão participar da disputa de 306 medalhas.

A 5 de agosto dá-se a cerimonia oficial no maracanã, mas é o torneio de futebol que se inicia dois dias antes que marca o início das competições.

Ao longo de praticamente dois meses os amantes de desporto podem apreciar o que de melhor há, com modalidades para todos os gostos e feitios.

Agora é só sentar no sofá ou nas bancadas do estádio e vibrar com tudo o que o desporto pode trazer.

 

Tiago Ribeiro

Rally de Portugal na Serra da Aboboreira

Foram muitas as pessoas que se deslocaram até à Serra da Aboboreira, em Baião, para assistir a mais uma etapa do Rally de Portugal.

Desde pessoas que foram na noite do dia anterior, a pessoas que se deslocaram de manhã cedo, foram milhares aqueles que não quiseram perder a primeira passagem dos carros que ocorreu por volta das 9 da manhã.

Depois de vários anos sem passar no norte de Portugal, este é já o segundo ano consecutivo que isso volta a acontecer. O público tem tido um comportamento exemplar, comparecendo em força e dando espetáculo dentro do espetáculo. Como melhor que ler é ver ficam aqui alguns vídeos e fotografias.

 

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Tiago Ribeiro

Morte em campo traz lembranças

Foi no passado dia seis de maio que o mundo do futebol voltou a assistir a uma nova tragédia. Patrick Ekeng, camaronês, jogador do Dinamo de Bucareste faleceu em campo, ao minuto 69, durante um jogo do seu clube com o Viitorul . O jogador tinha entrado a apenas sete minutos quando caiu inanimado no relvado levando imediatamente à interrupção  do encontro. Colegas e adversários ainda tentaram socorrer o jogador, mas o internacional camaronês acabou por não resistir e morreu já no hospital.

Têm sido vários, ao longo dos anos, os jogadores que não resistiram aos problemas cardíacos dentro do campo. Um dos mais conhecidos por parte dos portugueses é Miklos Fehér. o jogador húngaro jogava pelo Benfica quando num jogo frente ao Vitória de Guimarães não resistiu a uma paragem cardíaca. Ainda no relvado os médicos tentaram reanima-lo, mas não foi possível e o jogador faleceu. Outro caso de morte súbita em Portugal, apesar de não ter sido durante um jogo, foi Bruno Aguiar. O jogador tinha 18 anos e jogava na equipa de juniores do Benfica. O jovem jogador recebeu uma chamada por parte do clube a dizer que ia receber um contrato profissional e não resistiu à emoção.

O futebol é um dos desportos que mais fãs atrai, quer seja pela sua espetacularidade ou pelos sentimentos que transmite. Acontecimentos como estes comovem multidões e mostram que nem sempre de alegrias é feito este desporto deixando qualquer pessoa sensibilizada quando algo trágico como uma morte em campo acontece.

De seguida ficam os  vídeos da morte de Miklos Fehér e de Patrick Ekeng, vídeos esses que não são de fácil visualização, sendo que pode afetar ainda mais as pessoas mais sensíveis.

 

 

 

Tiago Ribeiro

O “bad boy” que venceu pelo amor

Estrela atual do futebol mundial, Suárez nem sempre teve uma vida fácil. Uma história de amor fez com que lutasse para ser o que se tornou hoje.

Luis Suárez é atualmente um dos nomes incontornáveis do futebol mundial.Com 8 golos em apenas três dias tem deixado admiradores e concorrentes rendidos ao que vai fazendo dentro de campo.

Apesar de todo o talento que mostra dentro de campo, a vida de Suárez nem sempre foi fácil. Com 15 anos jogava nos escalões de formação do Nacional de Montevideu, clube do país onde nasceu, Uruguai. Além de jogar futebol também varria ruas e tomava conta de carros para conseguir algum dinheiro para ajudar a mãe visto que, o pai o abandonou, assim como aos seus seis irmãos. Nessa altura, Suárez começou a beber e a andar com más influências.  A vida do jogador tinha tudo para cair em desgraça, até que houve o clique que mudou tudo.

Luis Suárez conheceu Sofia Balbi. Uma jovem loira, com 13 anos e que vinha de uma família de melhores condições financeiras. Sofia convenceu Suárez a não desistir dos estudos e a continuar a lutar pelo sonho do futebol.

Um ano mais tarde a vida de Suárez voltou a sofrer novo revés. Sofia e a sua família foram viver para Barcelona fazendo com que Suárez ficasse com o coração despedaçado. O jogador uruguaio deixou mesmo o futebol de lado nessa altura. Até que através da internet o jogador e Sofia voltaram a ter contacto e Suárez prometeu-lhe que iria lutar para ser um grande jogador de futebol, para ir para a Europa e se poder casar com ela.

Luis Suárez concentrou-se na carreira e aos 19 anos conseguiu transferir-se para a europa para ir jogar para o Groningen da Holanda. Com o objetivo de ir para a Europa alcançado, faltava a Suárez conseguir reencontrar Sofia. Suárez deslocou-se até Espanha e pediu permissão aos pais da jovem para que ela pudesse ir viver com ele. Com a permissão concedida, começou o conto de fadas de Luis Suárez e Sofia Balbi.

Suárez foi subindo cada vez mais na carreira, tendo conseguido em 2007 a estreia pela seleção nacional do Uruguai e a transferência para um dos maiores clube da Holanda, o Ajax. Mais tarde transferiu-se para Inglaterra, para o Liverpool, e atualmente joga numa dais maiores equipas do mundo, o Barcelona, e é considerado um dos melhores avançados do mundo.

Suárez dentro de campo é considerado um bad boy, já esteve suspenso três vezes por ferrar colegas de profissão, mas fora de campo demonstra uma personalidade totalmente diferente.

A vida pessoal de Luis Suárez com Sofia Balbi  vai de vento em poupa, sendo já pai de duas crianças, Delfina e Benjamín.

Com uma vida que podia ter sido arruinada pelos maus vícios e pelo mundo do crime, a luta pelo amor fez com que Suárez se tornasse um dos maiores jogadores do futebol mundial.

 

Tiago Ribeiro

 

Entrevista a Diogo Jota – Jogador do Paços de Ferreira

Diogo Jota tem apenas 19 anos e é uma das grandes revelações do futebol português. Leia a sua entrevista para ficar a conhecer um pouco melhor este jovem jogador.

Como é que surgiu o seu gosto pelo futebol?

Diogo – Desde cedo que já gostava de ver futebol e depois quando tive oportunidade, o meu pai colocou-me numa escola de preparação, na altura o gondofoot, que era uma escola de miúdos do Gondomar e pronto, a partir daí nunca mais larguei.

Quando surgiu a proposta de ir para o Paços de Ferreira, como reagiu a essa mudança?

Diogo – Foi na altura que eu tinha 17 anos e sentia que também já era altura de ir para um clube melhor. O Paços foi a equipa que surgiu e gostei muito, e pronto não pensei duas vezes.

Já ficou na história do Paços como o jogador mais novo a marcar pelo clube e renovou contrato até 2020, como se sente com estas conquistas?

Diogo – É algo que eu, quando vim para este clube nunca pensava atingir. É sempre um motivo de orgulho estar presente na história de um clube que me ajudou a subir na carreira.

Considera que ter jogado já na época passada no Paços, fez com que tenha mais confiança para esta época?

Diogo – Sim, claro, se já muito novo conseguia ter oportunidades nos seniores, na época a seguir era minha obrigação até fazer mais e melhor e portanto é isso que estou a tentar fazer esta época.

O que espera para esta época?

Diogo – Espero continuar a jogar como tem acontecido até agora, dar o meu melhor e ajudar o Paços a concretizar os seus objetivos.

Com apenas 18 anos jogou pela primeira vez pela seleçao de sub21, qual foi a sensação por mais uma conquista na carreira?

Diogo – Foi uma conquista que eu não estava à espera, porque fui chamado já depois da hora, mas sinto que estou sempre preparado para desafios maiores e depois de ter sido chamado fui lá fazer o meu melhor e tentar ganhar o meu espaço.

Ainda em relação à seleçaõ, o que espera alcançar mais?

Diogo – Sei que é difícil estar por vezes presente nas convocatórias de sub21, porque a escolha é muito ampla e os jogadores têm muita qualidade. Mas claro que depois de lá estar a primeira vez, vou tentar ir mais vezes.

Como é ser agenciado pelo Jorge Mendes, que é considerado o melhor agente do mundo?

Diogo – É mais um motivo de orgulho, saber que o melhor agente do mundo está interessado em trabalhar comigo e agora cabe-me a mim ajudá-lo para que ele também me possa ajudar a mim.

Quais são os seus objetivos para o futuro?

Diogo – Os meus objetivos são fazer para já o meu melhor no Paços para poder dar o salto para um clube maior e depois tentar chegar o mais longe possível, tanto no clube como nas seleções.

 

Tiago Ribeiro

Entrevista a Andrezinho- Jogador do Paços de Ferreira

André Leal tem 20 anos e tem sido umas das revelações do Paços de Ferreira. O  jovem futebolista pacense contou um pouco do seu percurso e quais os objetivos para o futuro.

Como é que surgiu o gosto pelo futebol?

André – Desde sempre, devia ter três anos. Tenho fotos nessa idade já com equipamento vestido e bola de futebol na mão, já desde pequenino, sempre tive o gosto pelo futebol, também de jogar com o meu pai. O gosto foi aparecendo.

Como é que surgiu a alcunha de Andrezinho?

André – Desde miúdo. Desde que comecei a jogar futebol, se calhar por ser um pouco mais pequeno que os outros da minha equipa. Os meus colegas de equipa começaram a tratar-me por Andrezinho e durante a minha formação foi ficando assim.

Esteve grande parte da formação no Paredes, passou também pelo Rio Ave. Como é que reagiu à mudança para o Paços de Ferreira? 

André – Eu estava em dúvida no Paredes em mudar-me para o Rio Ave ou para o Paços. Houve ali um tempo que eu tinha que decidir, acabei por decidir pelo Rio Ave. Depois tive uma lesão, estive parado quando cheguei ao Rio Ave e depois as coisas tornaram-se mais difíceis para jogar. O trajeto para Vila do Conde também era difícil para mim, tinha que ir de transportes públicos e o cansaço era grande. Muitas vezes o meu pai tinha que deixar de trabalhar para me poder levar aos treinos e passado 3, 4 meses de Rio Ave acabei por me mudar para Paços, acabando lá o meu primeiro ano de juniores. Essa mudança penso que foi muito boa para mim. Ainda bem que aconteceu e graças a isso estou hoje onde estou e graças ao Paços também.

Com 20 anos tem jogado bastante na liga portuguesa e é considerado um dos jogadores revelação da época. Como é que encara isso?

André – Não imaginei, mas acreditei sempre que isso podia ser possível. Acreditava muito que este podia ser o meu ano de afirmação, que este ano tinha que me afirmar para poder ter uma carreira boa. Era importante quanto mais cedo me afirmasse na primeira liga, melhor para a minha carreira, melhor para mim. Acho que é uma responsabilidade por ter 20 anos e estar na primeira liga a jogar regularmente, mas claro que estou feliz e estou a trabalhar para merecer esta oportunidade.

Qual é o segredo para o sucesso que está a alcançar?

André – É o trabalho e o acreditar nas minhas capacidades, na minha qualidade. A confiança é determinante nesse aspeto.

Pretende ser um exemplo para os jovens que estão nos escalões de formação?

André – Sim, sem dúvida. Quando falamos na responsabilidade, também a sinto. Eu não sou o único jovem na equipa do Paços, há vários e todos nós sentimos a responsabilidade pelo facto de estarmos na equipa principal do clube. Também queremos mostrar aos jovens da formação que é possível chegar lá, que com trabalho eles também podem lá chegar e jogar mesmo sendo jovens.

Considera que os clubes portugueses estão a apostar mais nos jovens da formação?

André – Sim, sem dúvida. Talvez pelo facto financeiro dos clubes portugueses. Isso leva-os a apostar mais nos jovens da formação, que é muito bom tanto para o futebol como para todos os jovens, uma vez  que passam dez anos de formação e depois a partir dos juniores quando terminam, deixam o futebol, maior parte deles. E agora com esta aposta na formação, acho que dá para eles acreditarem mais que é possível e não pensarem que o futebol acaba quando chegarem ao último ano de juniores.

Quais são os seus objetivos para o futuro?

André – Para já, quero continuar a jogar, continuar a ser aposta do meu treinador, porque só jogando é que me valorizo. Quero continuar a trabalhar para um dia alcançar a selecção que é um sonho para mim, jogar pela selecção. Ainda sou muito novo e tenho uma longa carreira pela frente.

 

Tiago Ribeiro

 

 

 

Johan Cruyff – morreu uma lenda (1947-2016)

Era um virtuoso com a bola, um revolucionário do futebol e um homem de caráter rebelde.Numa lista em que estejam os cinco melhores jogadores da história do futebol, não é possível que o génio holandês , Johan Cruyff, que faleceu aos 68 anos vítima de um cancro no pulmão, fique de fora.

Podendo estar na luta com jogadores como Pelé ou Maradona para ser um dos melhores da história, Cruyff tem algo que o distingue destas duas outras lendas. Além de ter sido um jogador extraordinário, foi um grande treinador e tanto como jogador ou como treinador mostrou a sua personalidade e o seu temperamento.

Nasceu em Amesterdão a 25 de Abril de 1947. Foi o segundo filho de pais que trabalhavam numa banca que vendia verduras e legumes. A mãe trabalhava também no Ajax de Amesterdão, um dos maiores clubes holandeses, como empregada de limpeza e foi ela que convenceu os treinadores das camadas jovens a ver o seu filho jogar. Deste modo o estádio do Ajax tornou-se a sua segunda casa, principalmente depois da morte do pai quando ele tinha apenas 12 anos, vítima de um enfarte.

À medida que foi subindo no Ajax foi mostrando o seu talento e em 1964 com apenas 17 anos chegou à equipa principal, tendo ganho, em 1966, pela primeira vez o título de campeão.

Cruyff teve sempre uma personalidade rebelde e em 1973 quando o Ajax já tinha tudo acertado com o Real Madrid para a sua transferência, Johan Cruyff ficou bastante chateado por não o terem consultado e decidiu negociar com o grande rival do Real Madrid, o Barcelona. Deste modo, o Ajax não teve outra hipótese que não deixá-lo sair para o Barça.

Em 1974, com o mitíco número 14 que o caracterizou, Cruyff foi um dos grandes símbolos da seleção holandesa que revolucionou o futebol daquela época. Johan Cruyff continuou sempre com a rebeldia característica e batizou o filho com o nome de Jordi, durante a ditadura de Franco que tinha proibido batizar as crianças com nomes catalãs.

Em 1985 começou a carreira de treinador tendo iniciado nas camadas jovens do Ajax, mas impondo desde cedo, por todas as equipas que passava, um estilo muito característico de jogo, o que fez com que chegasse a treinador da equipa principal.

Mais tarde, Cruyff foi treinar para o Barcelona impondo o mesmo estilo de jogo que lhe era reconhecido, fazendo com que a equipa espanhola ganhasse pela primeira vez a Copa da Europa, atual Liga dos Campeões, em 1992.

Apesar da sua morte, o seu legado fica presente no mundo do futebol, no Barcelona que é considerada hoje em dia uma das melhores equipas do mundo graças à semente que ele plantou.

 

Tiago Ribeiro