CRÓNICA: DIÁRIO DE UM JORNALISTA ESTAGIÁRIO II

 

 

O PRIMEIRO TRABALHO

 

O calor combinado com a minha ansiedade natural, não permitiram que eu relaxasse. Afinal, o rótulo de estagiário era muito mais que uma simples palavra, era um lema, que passei a levar a sério, até porque a minha vida profissional dependia disso.

Enquanto os meus amigos gastavam as suas energias na praia a apanhar sol, a disfrutar de umas cervejas fresquinhas enquanto apreciavam as meninas a passear no areal, eu tentava demonstrar o meu valor jornalístico.

Por vezes, sentia um ligeiro arrependimento a apoderar-se do meu cérebro, parecia que ouvia duas vozinhas irritantes a invadir a minha consciência e a reprimirem as minhas escolhas. Apesar do meu ceticismo, dei por mim perdido nas profundezas dos meus pensamentos, até que ouço uma voz a chamar-me.

Rapidamente, os meus sentidos entraram em alerta, e quando olho para a frente, deparo-me com o meu orientador, a entregar-me o meu primeiro trabalho. Os meus olhos começaram a brilhar, finalmente ia estrear-me naquele jornal. Rapidamente, iniciei uma jornada nos caminhos da investigação (sim, tive que pesquisar), para poder fazer o melhor trabalho que conseguisse. Afinal, não era todos os dias que cobríamos uma conferência.

Quando esse dia chegou, eu estava muito nervoso, olhava para o meu relógio dezenas de vezes, deslumbrava-me com a beleza do céu à espera de algum sinal dos aliens, mas nada. Julgo que o estágio já tinha sido a recompensa por defender a sua existência. Desligando-me dessas questões, muni-me da minha máquina fotográfica, gravador (telemóvel), bloco, caneta, e entrei no meu carro.

Quando lá cheguei, estava um calor infernal, e eu, pobre estagiário, estava carregado, tinha que fazer muitas coisas ao mesmo tempo, escrever, tirar fotografias e ainda gravar. Nesse momento desejei ser como os deuses budistas, e ter mais braços, mas como boa fisionomia humana que parecia ter, tive que arranjar uma alternativa.

A conferência tinha começado, e eu decidi inaugurar o meu bloco com a minha letra de médico, escrevi muito. No final, ainda tive o privilégio de poder fazer uma entrevista, afinal, tinha que usar as minhas investigações.

O meu primeiro trabalho estava semiconcluído, após apontar, gravar e fotografar, faltava apenas escrever o texto. Sim, a obra de arte de um jornalista, é sempre o seu texto, e a minha estava prestes a começar.

 

 

Diogo Moreira

 

Fonte da Imagem: https://bloginteiraatividade.files.wordpress.com/2015/06/estagiario_faz_tudo.jpg

O CASAMENTO ENTRE O JORNALISMO E A PSICOLOGIA

 

A representação de situações negativas do nosso quotidiano compõem a génese do novo programa da SIC “E se fosse consigo”. Um formato que articula o jornalismo à sociologia, pretendendo expor os cidadãos a situações mais negativas, com o fim de captar as suas reações.  

 

O impacto social causado pelas situações mais negativas do nosso quotidiano é o mote principal deste novo formato, que através da representação de vários episódios dos nossos dias, pretende captar as diferentes reações do público.

Apresentado por Conceição Lino, o programa é emitido às segundas-feiras, e tem como finalidade provocar o debate de vários temas, que ainda hoje são tabus na nossa sociedade, como: Racismo, obesidade, bullying, homossexualidade, entre outros.

Apesar de tudo não passar de uma performace, o programa assume-se como um espelho da sociedade moderna, cruzando as reações dos cidadãos, com alguns testemunhos de pessoas que já passaram pelas mesmas situações.

 

Diogo Moreira

 

Fonte:

Imagem: https://2.bp.blogspot.com/-1LzPmBZ_XCY/VxLwj0daiUI/AAAAAAAA2dY/ra7KhVTPOX07trdw8nr42mt_J1edGNhEgCLcB/s640/2016-04-12-940x383_e-se-fosse-consigo.jpg

Entrevista a Goreti Dias

A Beleza Bipolar do Fogo 

“Eu só escrevo sobre o amor, é verdade, até o ódio é falta de amor”, foi assim que Goreti Dias iniciou a apresentação da sua mais recente obra, onde explicou que o fogo que atravessa a capa da sua obra, para além de homenagear os bombeiros, também reflete as várias emoções que invadem as pessoas, como: o amor, a tristeza, a paixão e o ódio. 

A apresentação do “O Livro do Sonho, da Saudade, e da Desilusão” decorreu no salão nobre das instalações dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde (BVE), resultado de ação solidária, para com os mesmos.

A obra relata a estória de vida, de uma pessoa amiga, que se desenvolve ao longo de três atos: O Sonho, a Saudade e a Desilusão. Regida pelo estilo poético, quase nos faz lembrar autores como: Fernando Pessoa, Florbela Espanca, e Luís Vaz de Camões.  

 

Porquê o nome: “O Livro do Sonho, Da Saudade, e da Desilusão?

Goreti Dias (GD) – Simplesmente por se tratar da estória de vida de uma pessoa, que passou por essas três fases. Como foi explicado, trata-se de um conto divido em três atos, em que o ato da desilusão, é o ponto final de uma vida.

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Fotos: Diogo Moreira

“Finjo-me analfabeta, e folheio o teu prazer em perguntas sem respostas, materializados em sorrisos inacabados de uma paixão incompleta, desenhada a ferro, e a fogo nas páginas nuas da minha alma”. Poderá a profissão de bombeiro, enquadrar-se neste pequeno excerto pela missão que desempenham na vida das pessoas?

 

 GD – Sim, é a forma de transmitir e relacionar, o fogo que os bombeiros combatem, com o fogo descrito no poema. Tudo o que está escrito, teve por base a profissão do bombeiro, uma vez que este livro foi escrito para eles.

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Fotos: Diogo Moreira

Porquê o destaque dado ao fogo?

GD – O fogo é um elemento bipolar, pode gerar desgraça, como o incêndio que os bombeiros combatem, e alegria, como o fogo do amor. No fundo, o fogo tem um significado contraditório. Pode ser benéfico ou maléfico, mas nunca inofensivo.

 

Diogo Moreira

Crónica: Diário de um Jornalista Estagiário

Diário de Um Jornalista Estagiário: O Estágio

 

O Estágio 

 

Quem nunca ambicionou estagiar enquanto estudava? Eu pelo menos nunca pensei, mas algo fez com que mudasse de opinião. Enquanto estudante, temos a singela obrigação de assistir a conferências e aulas abertas. Foi durante um desses momentos que decidi dar um novo rumo à minha vida (não que ela já estivesse a seguir um), mas precisava de uma mudança, um boom que a agitasse por completo.

 

Durante essa aula aberta, a convidada falou da sua experiência como estudante e estagiária em várias entidades ligadas ao jornalismo foi aí, que os meus neurónios começaram a acelerar o seu trabalho (eles costumam ser preguiçosos), e ocorreu-me uma ideia, pensava eu de génio (sendo modesto, até foi).

 

Decidi concorrer a um estágio na área do jornalismo, convicto das minhas capacidades primárias, e até secundárias, ganhei coragem e comecei a procurar entidades (um processo bastante produtivo) que acolhessem um estagiário pronto a fazer tudo.

 

Esperei, esperei e esperei, o meu relógio já não podia olhar para a minha cara ansiosa, por segundos, parece que o conseguia ouvir, foi uma espera dolorosa. Mas, parece que um ser iluminado ouviu as minhas preces (devem ter sido os aliens), e recebi um e-mail a convocar-me para uma entrevista. Benzi o telemóvel, agradeci aos aliens e muni-me de um entusiasmo infinito, e saí para a entrevista. Tinha conseguido o meu objetivo.

 

Após me ter perdido na viagem, finalmente cheguei lá, não sei quem me ajudou, mas desta vez não foram os seres verdinhos. Entrei no gabinete, falei, apresentei-me, expus o meu ponto de vista (eles eram muitos), e aceitaram-me. Fiquei feliz. Depois, apresentaram-me a redação, o pessoal e disseram que me esperavam no dia seguinte, agradeci a oportunidade e disse que lá estaria à hora combinada.

 

A minha viagem no mundo do jornalismo tinha começado, apesar do início atribulado, a minha jornada tinha iniciado. Senti-me um peregrino a iniciar uma procissão, espero que o Deus do Jornalismo (se ele existir) esteja comigo e que ilumine a minha jornada, pois a aventura, só agora começou.

 

 

Diogo Moreira

 

Fonte Imagem: http://3.bp.blogspot.com/-vTkmAdLSvTY/TzRJ03oBUgI/AAAAAAAAANA/bL6m25Hm090/s1600/estagio.jpg

Sintra terá museu dedicado ao Jornalismo

Sintra terá sido a cidade escolhida para albergar o NewsMuseum, um espaço dedicado ao jornalismo, à comunicação e aos media.

Com a inauguração prevista para 25 de abril, este museu irá ocupar o lugar do antigo museu do Brinquedo, e dedicará à sua atividade a apresentar a evolução histórica dos media e do jornalismo.

A Associação Acta Diurna, responsável pela promoção do projeto, irá investir cerca de de 1,8 milhões de euros neste museu, que também é apoiado pela Câmara Municipal de Sintra (CMS).

Os quatro andares a contar do rés-do-chão irão parecer poucos para a diversidade digital tecnológica que o museu irá apresentar, pois desde do uso de óculos de realidade virtual, até à transmissão de notícias em direto por 69 televisões, fará com que este espaço seja uma boa alternativa para passar os seus serões em família.

Fonte: http://www.maiseducativa.com/2016/03/21/newsmuseum-novo-museu-sintra-dedicado-ao-jornalismo/

Diogo Moreira