Artistas populares: a morte nem sempre é o fim

25 de junho de 2009. Notícia de última hora: morreu Michael Jackson. Todos os canais passavam a notícia que apanhou o mundo de surpresa.

A comoção popular multiplicou-se um pouco por todas as regiões do globo. Fãs desolados e que se propunham a manter o seu legado artístico imortal. Surgiram inúmeros rumores de que o cantor tinha uma divida astronómica, em torno de 500 milhões de dólares. E ironicamente, conseguiu pagá-la, depois de morto.

Como de costume, as técnicas de marketing e merchandising não falham: tudo o que seja relacionado ao artista no que diz respeito às vendas dispara.

Sete anos depois, de acordo com as publicações da revista “Forbes, ficou cinco vezes consecutivas no primeiro lugar da lista dos artistas que lucram mais. No ano de 2015, gerou 115 milhões de dólares.

Prince foi encontrado morto aos 57 anos no passado mês de abril no estúdio em sua casa, em Minneapolis, nos Estados Unidos. Uma autópsia foi feita na sexta, mas ainda não há resultado. Surgiram vários rumores em torno da sua morte, mas nenhum foi confirmado. O processo é novamente o mesmo: o artista desaparece do palco fisicamente, vendas de álbuns e músicas sobem exponencialmente não acumularam grandes fortunas, outros já não estavam na ribalta de outrora.

Poderá a fama póstuma surgir porque os artistas passam a ser endeusados de tal forma que as histórias e as obras que produziram ficam na mente das pessoas?

Parece que a morte é a única que absolve pecados e defeitos. O que pode ser entendido como o fim de um capítulo, torna-se no início de algo grandioso, em alguns casos o (re) lançamento de carreiras.

Rayne Cristiane Fernandes

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