Algumas mulheres que dedicaram a sua vida à ciência

A história está cheia de heroínas anónimas. Aqui poderá conhecer algumas mulheres que continuaram com as suas investigações e o seu trabalho científico, apesar dos impedimentos sexistas da época.

Na solidão do laboratório, no anonimato ou na sombra do sucesso dos seus colegas homens, a história das mulheres que dedicaram as suas vidas à ciência é pouco conhecida. Algumas descobertas são reconhecidas e usadas em todo o mundo.

Hipátia de Alexandria

hipatiaFoi uma das primeiras mulheres a realizar uma contribuição fulcral no desenvolvimento da matemática. Graças ao filme “Ágora”, do espanhol Alejandro Amenábar, algumas pessoas conheceram a vida desta cientista que escreveu sobre geometria, álgebra e astronomia e aprimorou o desenho dos primeiros astrolábios. Nasceu no ano 370, em Alexandria (Egito) e foi morta em 416, quando os seus trabalhos em filosofia e astronomia foram considerados uma heresia por um grupo de cristãos, que a assassinaram brutalmente.


Marie-Sophie Germain

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Germain foi uma matemática, física e filósofa francesa que fez importantes contribuições para a teoria dos números e para a teoria da elasticidade. Um dos estudos mais importantes é hoje conhecido e usado nas escolas, os números primos. Consciente dos impedimentos machistas que enfrentava, assinou várias pesquisas com um pseudónimo masculino: “Por medo de ser ridicularizada por ser mulher e cientista, adotei previamente o nome de Monsieur LeBlanc”.


Lise Meitner

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Meitner promoveu um grande desenvolvimento no campo da radioatividade e da física nuclear. Esta invenção foi crucial para a obtenção da energia atómica. O seu colega de laboratório, Otto Hahn, deu continuidade à pesquisa e em 1944 ganhou o prémio Nobel de Química, deixando Meitner de fora de todo o reconhecimento. Anos mais tarde, o elemento químico meitnério recebeu esse nome em sua homenagem.


Jocelyn Bell Burnell

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Nascida em 1943, a astrofísica britânica observou pela primeira vez o sinal de um pulsar, nome dado às estrelas de neutrões.
Burnell publicou um artigo na revista “Nature” sobre a descoberta, mas o reconhecimento foi para Antony Hewish, o seu orientador, que recebeu o prémio Nobel de Física em 1974.


Rosalind Franklin

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Os dados com que James Watson e Francis Crick criaram em 1953 o modelo da dupla hélice para descrever a estrutura do ADN foram descobertos pela cientista britânica. Apesar da descoberta, a cientista não recebeu o prémio Nobel de Medicina e Fisiologia, mas sim os seus colegas Watson e Crick. Morreu em 1958 e, somente quatro anos depois, a academia sueca reconheceu a importância da sua descoberta.


Frances E. Allen

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Allen foi a primeira mulher a receber o prémio Turing, equivalente ao Nobel de Tecnologia, em 2007. As suas contribuições melhoraram substancialmente o desempenho dos programas de computador e aceleraram o uso de sistemas de computação. O seu trabalho contribuiu para resolver problemas como a previsão do tempo, a sequência do ADN e as funções de segurança nacional.

Diana Pinto Alves

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