Animais cada vez menos usados em experiências em Portugal

Apesar de ainda se utilizar “milhares de animais” em experiências e testes, em Portugal, Mariana Crespo, da Sociedade Portuguesa para a Educação Humanitária, sublinha o facto deste número ter vindo a diminuir.teste-animais

Segundo noticia o P3, os investigadores portugueses usam cada vez mais as alternativas aos testes em animais nas suas pesquisas. Algumas dessas “boas práticas laboratoriais” feitas em Portugal, principalmente nas universidades, foram apresentadas na segunda Conferência Internacional de Alternativas à Experimentação Animal, que se realizou dia 8 e 9 de Maio, em Lisboa.

Neste encontro, participaram investigadores internacionais e portugueses que utilizam modelos alternativos e pretendem eliminar os animais das suas investigações.

Mariana Crespo afirma que estas alternativas são “mais fidedignas” e exemplificou com o teste à irritação dos olhos, que consiste na aplicação de produtos nos olhos dos animais para testar a sua toxicidade.

Apesar de no espaço europeu ser proibido o teste em animais para cosméticos, esta experiência ainda é muito frequente. Uma alternativa que, segundo Mariana Crespo, se tem revelado mais eficaz é o teste de determinado composto químico em células humanas, cultivadas in vitro. Assim, é possível “testar as substâncias em células como as da pele, do fígado ou do estômago, consoante o objetivo da investigação”.

Mariana Crespo reconhece que em Portugal ainda são usados “milhares de animais” em experimentações, mas “o crescente desenvolvimento de alternativas à experimentação animal move-se cada vez mais no sentido de privilegiar as alternativas”.

Diana Pinto Alves

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